É fundamental compreender a importância do indivíduo tentar esquecer o passado, no entanto, sem
tornar-se aquele que enterra o presente, mas deve buscar transformar sempre as coisas passadas e curar as feridas e as perdas e reconstruir as formas destruídas. Pode-se dizer que todo ser humano pode ser sadio forte e fecundo no interior de um horizonte determinado.
O saber e a sensibilidade histórica de um indivíduo pode ser estimulada ao invés de permanecer limitada. Segundo o autor, é importante o desenvolvimento do pensamento no sentido de aguçar a reflexão e meditar aproximar o indivíduo do elemento a-histórico, e assim receber uma iluminação para utilizar o passado em beneficio da vida, assim refazer a história tendo por base os acontecimentos históricos passados.
É necessário compreender que a falta de uma maior sensibilidade em relação as coisas ao seu redor permite ao homem viver em um mundo sem perspectivas de vida. Entretanto, o despertar para a percepção contribui para modificar os conhecimentos históricos, assim, os homens pensam e agem de maneira a-histórica, não sabem o quanto a sua atividade de historiador é responsável pelo seu próprio comando e pela vida e não pela pura busca do conhecimento.
Na realidade se tomarmos a história como ciência pura e soberana, ela seria para a humanidade uma espécie de conclusão e balanço da existência. A cultura histórica é portadora do futuro histórico no caminho de uma nova e poderosa corrente de vida.
Entende-se que a história à medida que está a serviço da vida, está a serviço de uma força a-histórica, portanto, ela não poderia nem deveria jamais se tornar, nesta hierarquia uma ciência pura, como as matemáticas. Pois o excesso de história faz degenerar a vida e coloca em perigo a própria história.
Pensar, a sensibilidade histórica tradicional de um homem ou de todo um povo é entender seu papel limitado a um horizonte restrito, sabendo ainda que a maior parte dos fenômenos lhes escapa totalmente do controle e o pouco que percebe é fragmentado. Ou seja, é uma visão que não se podem avaliar as coisas porque se atribui a todas as coisas uma importância igual e demasiadamente menor. A história tradicionalista se destrói a medida que impede a inspiração do presente.
Percebe-se que a história pode servir à vida e a toda humanidade, no sentido de que o povo precisa, segundo seus fins possuir um certo conhecimento do passado tanto sobre as formas históricas monumental, tradicionalistas como da história crítica. Para Nietzsche, o excesso de história é nocivo para a vida, pois enfraquece a personalidade uma vez que incentiva imaginar que o homem possui uma virtude rara e uma justiça em grau elevado do que qualquer outra época. Assim, perturba os instintos e impede o amadurecimento tanto dos cidadãos como da população e ainda implanta a crença da velhice da humanidade. O que significa uma época desrespeitar a outra numa clara evidência de egoísmo destruindo os valores das sociedades.
Daí, no amontoado de conhecimentos o indivíduo torna-se confuso e não alimenta a vida e a cultura histórica dos críticos impedem que uma obra produza seu verdadeiro efeito sobre a vida e sobre as ações.
Compreende-se que as abordagens do autor pretende mostrar a importância da cultura e do conhecimento no sentido de apreender a cultura histórica dos povos percebendo que os vícios e suas virtudes atrofiadas poderão prejudicar os conhecimentos do povo. Vale ressaltar que a nova geração de jovens corajosos abrirá o caminho para uma cultura e uma humanidade mais feliz, sem ter, desta beleza e desta felicidade senão um pressentimento de promessas. Assim, a juventude sofrerá o mal deste remédio, mas, sobretudo poderá se gabar de possuir uma saúde mental mais vigorosa do que as gerações anteriores. No entanto, sua missão será abalar as estruturas das idéias que esta época tem sobre a cultura e a saúde e desestruturar os monstros híbridos do pensamento.
Segundo Nietzsche, a autêntica cultura, por mais que esta venha prejudicar gravemente é a forma de cultura que merece consideração; por mais que venha a precipitar a queda de toda uma cultura que tenha um caráter puramente decorativo, a objetividade histórica compreende um estado de espírito que permite ao historiador examinar um acontecimento em todos os seus motivos de maneira pura.
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Consideração intempestiva da utilidade e desvantagem da história para vida.
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